Musicas

A IMPONTUALIDADE DO AMOR

Querida, Olá.

Confortávelmente entorpecida, e loucamente alucinada.
Consegue ouvir o silêncio das nossas palavras? O céu ofuscando sua beleza para contemplarmos nossos traços...
A sua pulsação não está boa e minha respiração fora de controle te fazem lembrar o que? Talvez uma noite fria, aquela...aquela que muda os planos a cada noite. E este amor:
 - Comeu meu nome, minha identidade, meu retrato, minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O seu amor comeu meus cartões de visita. E veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. Levou e tomou minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Tirou-me silêncio,  dor de cabeça, e o medo da morte.
Estou falida, e meu galanteio não compra mais corações. Mas, o seu amor...Ah! o seu eu já comprei, e você me deu.
Você teme também...por que sabe que teme meu cheiro,e principalmente teme pelo mistério, pela paz que o luar lhe dá, ou pelo tormento que provoca dentro de sí.
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais e mangás. Gosta dos filmes e dos desenhos animados, então não omita que uma boa comédia romântica também tem seu valor...
Lhe digo mais: Os honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas cadê os verdadeiros?
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava. Hoje, eu trago tragédias e fins reais...Uma simples estória de alguém que se apaixonou e não foi correspondido com amor, mas sim comtemplado com a verdade.