Musicas

Abst. 01

A adrenalina seduz você e sem deixar muitas alternativas ela induz o mundo fictício. Fazendo doces promessas dando-lhe certeza de que pela manhã você ficará sóbria, mas que esta noite você irá vagar, voar sem nenhum tropeço.
Entorpecendo seus medos, dilatando sua alma e sua iris para festejar. Por que em meio de todo o lixo você passa a ganhar asas e em seguida aprisiona um pássaro numa galaxia distante, livre de armadilhas.
É cristalino e limpo, e como numa fila indiana você as separa e como um vira-lata qualquer você tende a farejar, forte e voraz de uma única vez...
Agora com a plena força de um falcão, agora você é invencível contra qualquer dor. Você transpira autoconfiança distorcendo de dentro você toda agonia e todas as lágrimas que faltam para cair.
Simplesmente você levanta o queixo e une suas sobrancelhas onde seu rijo olhar está aceso e queimando à todo vapor.
As horas passam em questão de segundos e você não se importa, por que tudo que lhe foi feito em tortura o tempo não levou e nem fez questão de proteger-te para que em algum momento você se sentisse grandioso.

Contempla a lua, a chama, a veia em saltos pequenos nos pulsos e o bombardeio do seu coração até quando a voz da razão está a esgotar-se você está de volta. Patética, lunática e cheia de remorsos.