Musicas

Já sem forças, procuro um apoio para meu corpo calejado...meus olhos navegam num mar de sangue, onde me torturam as lembranças...minhas pernas estão presas sobre arames e não sei como me libertar. Existe sofrimento igual?



O problema não é em sofrer, mas sim em não conseguir esquecer...
Você sempre se queixa por futilidades, e não percebe que o mundo é ruim e podre. Imaginei o inferno como meu mundo atual. cercado de mentiras, e subornado por aqueles que nelas acreditam...eu não posso me queixar, tenho força e garra para suportar, braços e pernas para me guiar e um alguém para me acompanhar. tenho também um abraço sincero e um doce olhar para me incentivar. As trevas não são páreas, tenho sangue o bastante para não desistir de lutar. Tenho muito o que enfrentar. Vou além, sem medo de cair porque sei que posso me levantar.A
Amargura. Disturbio. Ironia - talvez eu saiba a definição perfeita e completa...a amargura provém de uma luz negra que nasceu dentro do meu coração. O disturbio me relembra os pesadelos do meu passado obscuro e secreto. E a ironia? É quando você mau me conhece e fala: Isso passa, você é forte.
Algumas folhas cairam de uma grande arvore nesta manhã. Ela já não parecia tão viva, nem tão verde...como se uma alma pertubada tivesse passado e se apossado de sua vitalidade. Com que forças poderia ela ter reagido? Aquela alma só queria se livrar de toda sua mágoa, mesmo que para isso fosse preciso machucar, derrubar e pisar. Não sei porque eu a defendo...o que quero dizer é que eu estive pensando esta manhã, quando sai para caminhar minha mente vagava por dentre um bosque, e só aí me dei conta de que quando eu passei por uma grande arvore notei que ela estava morta.
É ruim retratar, aflingir.



Alma doentia.
Nunca pense

Que eu vou me acostumar, que algum dia estarei presa.

Pois, eu vou lhe ensinar a me odiar. Você precisa salvar a sua alma (save soul) - antes que nada mais possa ser feito.

As lágrimas irão cair. Mas, devo dizer: sem mim você tem tudo.
Eu estava parada, enquanto minhas pernas permaneciam rigídas e meu queixo estava ereto e mantinha-se firme. Uma das pernas sobre a parede de um muro e a outra apoiava meu corpo rejuvenecido. O vento passava sobre minhas narinas e só o que minha mente processava era o teu rosto. Naqueles instantes abraçei algumas folhas que caim sobre uma arvore na qual havia desistido de acolher a solidão e deixou-se levar...trazendo uma rápida briza que lembra meu rosto sobre teu ombro naquela noite fria em que você soube me ajudar, me entender e até mesmo conseguiu fazer com que eu chorasse de tanto pensar que poderia ter te conhecido antes. Para adiar tantas dores. Mas, o pranto das minhas lamentações me ajudaram a seguir em frente inabalávelmente.
Sinto-me preparada para não me iludir, para contra reagir as alucinações que tanto me assombram...Deixo estar. Se a mim pertence, a mim retorna. Brevemente senti algo doce, deve ser teu aroma natural, tua essencia própria.
Agora, antes que me esqueça, deixe-me dizer:
- Por favor, vagarosamente não se mova. Eu nunca serei tudo que seus sonhos lhe suplicaram...



...a pele quente. A expressão gélida e o coração pedrificado.
As escolhas que a cada dia devo tomar ora me incentivam>, ora me magoam.
Eu sei que nada que eu faça vai mudar tua decisão, talvez eu nem queira que mude.Eu já me canse de longas dolorosas prozas que não nos levam a lugar algum. Eu também me cansei de lutar. Nada parece solúvel...
Imaginemos agora que eu talvez esteja errada. Que nada tenha mudado, nem mesmo tenha me incomodado. Eu realmente estaria mentindo...Se for alguma crise, que vá embora e me deixe na próxima manhã ensolarada. Pois bem: Não fará falta. Quero poder te sentir de novo, suavemente te beijar sem medo de acabar, me estrmeço em relembrar o quanto eu amo e chamo você desde o primeiro instante que meus olhos se abrem.
Teria eu escolhido uma hora melhor para a saudade me possuir. Como que quase grunhindo, é simplesmente impossível suprir a vontade de você...eu não sei ao certo, mas quando ela vem tráz teu perfume para me atiçar, juntamente com a doce brisa do vento que me lembra as vezes em que eu estive com você numa manhã que não me dera vontade de ir trabalhar...nem fazer outra coisa, a não ser te amar. Você consegue se lembrar? Das vezes em que eu quis me matar por você estar deslumbrante. E, eu tola pensando que a sua alma estaria salva se nossos corações estivessem longe um do outro, pois eu não sou boa o bastante, mas credo que a cada pôr-do-sol desejo ser melhor, para e por você.
Perdi o interesse em buscar aventuras, em ir atrás do que me retém, e me faz sofrer então...
Talvez eu já não seja mais a mesma, ou já tenha me cansado de ser tão ruim...Estou com algo melhor pra mim, algo que me inspira e me faz verdadeiramente feliz...
- Por um acaso você já olhou para uma pessoa e com apenas um olhar conseguiu ver tua alma ?
Provávelmente não.
É disso que eu estou falando, quero tentar me expressar mas não posso. Tenho tantas perguntas para poucas respostas...
Eu só quero tentar entender: Porque você, porque agora, porque eu tive que me apaixonar?
Eu teria tido vigor o bastante para deixar com que o alcóol e a nicotina se apossassem de mim...ou até mesmo poderia fazer sexo casual numa das noites de outono sem que me sentisse culpada, pois as coisas se complicam sempre que há um coração pulsando...
Pois hoje, eu deixaria o alcóol para poder me lembrar do teu rosto. Deixaria o cigarro, se preciso fosse para te beijar. E nunca, jamais deixaria de fazer amor com você. Nas quatro estações.