Não ata nem desata, irresolutamente, que nada decide.
Resplandecente esse teu olhar, cheio de vida, de mistério e de dádivas. E foi assim que ligeiramente segurei-a pelo punho e disse com certo galanteio:
- Deixe com que eu lhe mostre o inferno? - provoquei.
- O conheço de ponta a ponta... - respondeu ela, rindo amargamente.
- Descreva-o para mim?
- O inferno é olhar para nós e então eu ver que nada pode ser salvo, que essa indecisão vai prevalecer e que o restante vai acabar por se morrer se nada fizermos. Eu aceito meu lugar no seu coração, e infelizmente...não é o bastante para mim.
"Triunfos grandiosos e repentinos resultam em fins violentos."
